DESAFIO FEITO, DESAFIO CUMPRIDO

O dia amanheceu chuvoso e com muito vento. Mas o desafio estava posto, e eu havia aceito.
O DIA DO DESAFIO, com o slogan: "você se mexe e o mundo mexe junto", consistia em realizar atividades físicas pelo tempo mínimo de 15 min. A cidade no qual resido, Viamão, iria competir com a cidade de Caruaru. Então, ao ver nas redes sociais a divulgação, de pronto eu pensei em participar. E logo pensei em fazer uma caminhada.

Ao amanhecer  preparando-me para a caminhada, tive o cuidado de colocar uma roupa apropriada, tênis e capa de chuva. Também não poderia esquecer-me da garrafinha com água.

Só para dar mais significado ao meu desafio equipei-me com uma camiseta com o lema da Campanha de 2012, da Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Brasileira: JESUS TRANSforma. Além disto, escrevi à mão um versículo bíblico: “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!”
(Isaías 52:7)

Estava confiante, afinal havia convidado algumas pessoas para participarem da caminhada. Todavia com aquela chuva eu até entenderia caso ninguém aparecesse. Todo caso em oração já havia convidado ao meu Senhor Jesus para acompanhar-me nesta caminhada, com certeza não estaria sozinha, aliás a cada dia eu o convido para estar comigo.

O trajeto já estava planejado: a saída seria em frente da Igreja Batista Esperança, na Rua Guaíba, nº 649. Seguiria pela Rincão da Querência e entraria na Avenida Liberdade. Retornando pela Rua Diamantina.

Primeira parada na casa da irmã Raquel, na rua Guaíba. Ela tirou algumas fotos. Afinal o desafio deveria ser comprovado. Depois fui até a Igreja Batista. Meu filho Marcos tirou uma foto, e eu segui. Naquela hora meus pés já estavam encharcados e o vento muito forte já fazendo das suas, senão o número de guarda-chuvas largados pelo caminho.

Subir a Rincão da Querência foi a parte mais difícil da caminhada. Minha respiração e meu coração aceleraram. Minhas pernas começaram a ficar pesadas. A mão gelada.

Quando cheguei a Avenida Liberdade fiquei mais motivada. Parei em alguns comércios para registrar o fato, mas como não tinha telefone, precisei contar com a simpatia de todos.  E, assim da mesma forma, na rua Diamantina e ao final da caminhada em frente à Igreja Batista Esperança.

Alguns poderiam pensar, mas do que adianta fazer todo este empenho em algo que ninguém te acompanhou? Mas eu posso responder que eu não estava sozinha. Deus estava comigo. Até o bem-te-vi que estava sobre o telhado, apesar da chuva fria e constante, me acompanhou.

Também havia todas as pessoas que me acolheram e tiraram fotos, elas foram comigo tal como torcedores em um jogo de futebol. A irmã Sadine, meu filho Marcos, o gerente da farmácia, a dona da Lojas Letícia e a sua gerente Su Ellen, que tão gentilmente foi até o meio da rua para fotografar-me. O dono da Ferragem ACRUX e seu funcionário, o Dinho que tirou a foto. E, por fim, a minha amiga Fatima, que mora ao lado da igreja, parou tudo que estava fazendo para atender ao meu pedido. Afinal era a chegada.

Também lembrei-me das palavras de minha nora Carine, a qual ministrou no Encontro de Mulheres, na Igreja Batista Emanuel, no dia 23 e maio. Com lema “Mulheres, levantai-vos!”, fomos desafiadas a sair da acomodação espiritual. Ao final de sua pregação ela nos trouxe uma ilustração, onde um homem deficiente, que participava da Corrida São Silvestre, fora abordado por um jornalista com a seguinte indagação: “Por que você ainda continua correndo mesmo sabendo que irá perder (pois ele estava em último na corrida). Então, o corredor com a determinação que só os campeões têm respondeu-lhe: “Derrotado, eu?! Derrotados são os que, apesar de não terem nenhuma deficiente, ficaram sentados somente observando. Derrotados, são aqueles que mesmo não tendo nenhuma deficiência, passam o tempo todo reclamando da vida.” Com certeza este homem era um campeão!

Da mesma forma a vida nos impõe a cada dia desafios e obstáculos a serem superados. Muitas vezes o medo nos impede de seguirmos adiante. O medo de perder anula nossas forças. Mas, assim como este corredor, possamos nós a cada dia superar os obstáculos e enfrentar os desafios, sabendo que desta forma estaremos cada vez mais próximos da vitória.

“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13,14)